Max Gehringer
Max Gehringer, nasceu em
Jundiaí(SP) em 1949. É administrador de empresas e escritor, autor de diversos livros
sobre carreiras e gestão empresarial. Tornou-se conhecido por suas colunas em
várias revistas, na rádio CBN e no programa Fantástico, da TV Globo.
Começou sua carreira como office-boy na antiga fábrica da Cica,
Em 1999, no auge de uma carreira bem-sucedida que o levou à direção de grandes empresas como Pepsi, Elma Chips e Pullman, Max Gehringer tomou uma decisão raríssima no mundo corporativo: abriu mão do poder e das mordomias de alto executivo para dedicar seu tempo a escrever e a fazer palestras pelo Brasil. Foi colunista das revistas Você S.A., Exame e VIP, todas publicadas pela Editora Abril. Hoje escreve para a revista Época e Época Negócios, ambas da Editora Globo.
O humor e a sensibilidade
dos textos de Max vem de sua vivência prática num mundo que ele conhece degrau
por degrau, desde o seu primeiro emprego, aos doze anos, como auxiliar de
faxina, até o último, como presidente da Pullman. Escritor, colaborador da CBN
e Exame, possuindo vasta experiência em gestão empresarial, no ano de
Uma Historia de vida, determinação e ética profissional que poderá te motivar a excelentes realizações interiores. Atualmente ministra palestras sobre motivação e liderança. Bastante requisitado em palestras para grandes empresas e sindicatos.
Obras:
Comédia Corporativa
Não Aborde seu Chefe no Banheiro
Relações Desumanas no Trabalho
Big Max: Vocabulário Corporativo
As Máximas e Mínimas da Comédia Corporativa
Arregace as Mangas: Liberte Seu Espírito Empreendedor
Emprego de A a Z
Clássicos do Mundo Corporativo
Coleção Lições para o Sucesso
PROJETO TRIUNFAR |
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AS PULGAS
REVOLUCIONÁRIAS
Duas
pulgas diretoras estavam conversando e então uma comentou com a outra: - Sabe qual é o nosso problema? Nós não voamos,
só sabemos saltar. Daí nossa chance de sobrevivência quando somos percebidas
pelo cachorro é zero.
É por
isso que existem muito mais moscas do que pulgas.
Elas
então decidiram contratar uma mosca para treinar todas as pulgas a
voar e
entraram num programa de treinamento de vôo e saíram voando. Passado algum
tempo, a primeira pulga falou para a outra:
- Quer
saber? Voar não é o suficiente, porque ficamos grudadas ao corpo do cachorro e
nosso tempo de reação é bem menor do que a velocidade da coçada dele.
Temos de
aprender a fazer como as abelhas, que sugam o néctar e levantam vôo
rapidamente.
Elas
então contrataram uma abelha para lhes ensinar a técnica do chega-suga-voa.
Funcionou,
mas não resolveu. A primeira pulga explicou por quê:
- Nossa
bolsa para armazenar sangue é pequena, por isso temos de ficar
muito
tempo sugando. Escapar, a gente até escapa, mas não estamos nos
alimentando
direito.
Temos de
aprender como os pernilongos fazem para se alimentar com aquela rapidez.
E então
um pernilongo lhes prestou treinamento para incrementar o tamanho do abdômen.
Resolvido, mas por poucos minutos. Como tinham ficado maiores, a aproximação
delas era facilmente percebida pelo cachorro, e elas eram espantadas antes
mesmo de pousar.
Foi aí
que encontraram uma saltitante pulguinha, que lhes perguntou:
- Ué,
vocês estão enormes! Fizeram plásticas?
- Não,
entramos num longo programa de treinamento. Agora somos pulgas
adaptadas
aos desafios do século XXI. Voamos, picamos e podemos armazenar mais alimento.
- E por
que é que estão com cara de famintas?
- Isso é
temporário. Já estamos fazendo treinamento com um morcego, que vai nos ensinar
a técnica do radar de modo a perceber, com antecedência, a vinda da pata do
cachorro. E você?
- Ah, eu
vou bem, obrigada. Forte e sadia.
Mas as
pulgonas não quiseram dar a pata a torcer, e perguntaram à pulguinha: - Mas
você não está preocupada com o futuro? Não pensou em um programa de
treinamento, em uma reengenharia?
- Quem
disse que não? Contratei uma lesma como consultora.
- Mas o
que as lesmas têm a ver com pulgas, quiseram saber as pulgonas.
- Tudo.
Eu tinha o mesmo problema que vocês duas. Mas, em vez de dizer para a lesma o
que eu queria, deixei que ela avaliasse a situação e me sugerisse a melhor solução.
E ela passou três dias ali, quietinha, só observando o cachorro e então ela me
disse:
"Não
mude nada. Apenas sente na nuca do cachorro. É o único lugar que a pata dele
não alcança."
Moral da
história:
Você não
deve focar no problema e sim na solução.
Para ser
mais eficiente é
necessário
estudar, analisar e não falar.
Muitas
vezes, a GRANDE MUDANÇA é uma simples questão de reposicionamento, execução e
praticidade.
Não
queira complicar, seja prático e objetivo.
Dicas
para fazer um currículo
Outros trabalhos dele:
Recebi uma
mensagem muito interessante de um ouvinte da CBN e peço licença para lê-la na
íntegra, porque ela nem precisa dos meus comentários.Lá vai:
- "Prezado Max, meu nome é Sérgio, tenho 61 anos e
pertenço a uma geração azarada: Quando era jovem as pessoas diziam para escutar
os mais velhos, que eram mais sábios. Agora dizem que tenho que escutar os
jovens, porque são mais inteligentes.
Na semana passada
li numa revista um artigo no qual jovens executivos davam receitas simples e
práticas para qualquer um ficar rico. E eu aprendi muita coisa... Aprendi, por
exemplo, que se eu tivesse simplesmente deixado de tomar um cafezinho por dia,
durante os últimos 40 anos, eu teria economizado R$ 30.000,00. Se eu tivesse
deixado de comer uma pizza por mês, teria economizado R$ 12.000,00 e assim por
diante. Impressionado, peguei um papel e comecei a fazer contas, então
descobri, para minha surpresa, que hoje eu poderia estar milionário.
Bastava não ter tomado as caipirinhas que tomei, não ter
feito muitas das viagens que fiz, não ter comprado algumas das roupas caras que
comprei e, principalmente, não ter desperdiçado meu dinheiro em itens
supérfluos e descartáveis.
Ao concluir os
cálculos, percebi que hoje eu poderia ter quase R$ 500.000,00 na conta
bancária. É claro que eu não tenho este dinheiro. Mas, se tivesse, sabe o que
este dinheiro me permitiria fazer? Viajar, comprar roupas caras, me esbaldar
com itens supérfluos e descartáveis, comer todas as pizzas que eu quisesse e
tomar cafezinhos à vontade. Por isso acho que me sinto absolutamente feliz em
ser pobre. Gastei meu dinheiro com prazer e por prazer, porque hoje, aos 61
anos, não tenho mais o mesmo pique de jovem, nem a mesma saúde. Portanto,
viajar, comer pizzas e cafés, não faz bem na minha idade e roupas, hoje, não
vão melhorar muito o meu visual!
Recomendo aos
jovens e brilhantes executivos que façam a mesma coisa que eu fiz. Caso
contrário, chegarão aos 61 anos com um monte de dinheiro em suas contas
bancárias, mas sem ter vivido a vida".
"Não eduque o seu filho para ser rico, eduque-o para
ser feliz. Assim, ele saberá o valor das coisas, não o seu preço."